• Quem são seus artistas favoritos (música, literatura, arte, etc)?

Na pintura, o meu artista preferido é o Iman Maleki e na escultura, o Ron Mueck. Ambos têm trabalhos extraordinários de realismo. Já na literatura, as minhas histórias favoritas são da Agatha Christie e na música eu posso destacar The Avett Brothers e A Great Big World.

 

Também sigo muitos ilustradores maravilhosos e não poderia deixar de citar alguns aqui: @camilaAverbeck; @miss_led1; @georgina_kreutzer; @mz09art; @hectortrunneca; @iraville; @davidwalkerstudios, etc.

 

• Com qual figura histórica você mais se identifica?

Anne Frank é uma figura histórica que eu sempre admirei. Ela tem uma história de vida incrivelmente forte e nos lembra que ainda podemos manter a fé, apesar das guerras que acontecem e a maldade que nos rodeia.

 

• Quem é a mulher que você mais admira?

Eu não posso fugir do clichê aqui. É a minha mãe. Eu estaria mentindo se não falasse que é ela a mulher que eu mais admiro.

 

• Qual é a grande paixão da sua vida?

A ilustração infantil. Existe muita beleza e delicadeza ali. E é maravilhoso ver que são adultos que conseguem chegar à esse nível de sensibilidade para produzir tal conteúdo.

 

• Qual a sua ocupação atualmente?

Atualmente eu trabalho no setor de marketing de um grupo de empresas e atuo também como freelancer.

 

• Você sempre teve interesse pela área criativa?

Não, não até a faculdade. Antes de eu entrar na universidade, eu só conhecia homens trabalhando nessa área. Um dia, fui de forma despretensiosa conhecer um curso voltado para design gráfico, de personagens e animação. Lá eu vi que a maioria esmagadora dos matriculados eram homens. Eu cheguei a ter a sensação de que talvez aquela profissão não fosse adequada para mim. Parecia que ser homem era um pré-requisito, ou que o talento criativo fosse exclusivamente masculino. Mas dentro da universidade eu realmente descobri o interesse pela criação. Isso aconteceu aos poucos, só precisei deixar de lado esse fato intimidador de que os homens predominam nos setores criativos para conhecer e gostar da área.

 

• Você acha que o seu trabalho traz alguma contribuição no sentido de representatividade/empoderamento feminino?

Eu acredito que o empoderamento vai além de trabalhos que abordam o tema. O fato de diversas mulheres optarem por profissões majoritariamente masculinas, rebatendo preconceito e sendo felizes com suas escolhas, já é uma grande prova de empoderar-se.

 

• Você nota que existe, ou já existiu, alguma diferença no tratamento do seu trabalho pelo fato de você ser mulher?

Sim. Grande parte dos homens que trabalham com criação ficam surpresos com mulheres exercendo a mesma função. Muitos não te levam a sério até que você prove que é capaz, mas não é algo explícito. A mulher precisa mostrar o tempo todo e para todos que é realmente boa para merecer aquela profissão onde os homens predominam. Infelizmente, em muitos casos, essa é a opção que existe para sermos levadas à sério.

 

• Qual a sua citação favorita?

“Se as coisas são inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora. A presença distante das estrelas!” (Mário Quintana).