“É leviosa, e não leviosá”. Para ela, criar soa como magia. Fascinar com as palavras é uma grande responsabilidade, mas ela não demonstra receio, e sim entusiasmo. Após alguns anos dedicados ao mercado, decidiu voltar à Academia, desta vez como professora, auxiliando na formação de quem em breve terá novos desafios a trilhar. Não satisfeita com algumas práticas publicitárias realizadas no mercado, Soraya sentiu-se determinada em voltar à universidade como professora do curso de Publicidade e Propaganda da UFC.
Sempre soube que queria fazer algo diferente, alguma coisa que fugisse do comum, construindo juntamente com seus alunos um novo fazer publicitário. O amor pela profissão está em sua essência; ama o que faz e está tendo a chance de partilhar essa paixão com muitos estudantes que, assim como ela, são fascinados pela capacidade de reinvenção constante que a criação permite.
Soraya Madeira
Encantadora de Palavras.
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Quem são seus artistas favoritos (música, literatura, arte, etc)?
Beatles, Oasis, JK Rowling, Neil Gaiman.
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Com qual figura histórica você mais se identifica?
Nenhuma exatamente, já que elas são históricas por seus grandes feitos e eu ainda estou engatinhando. Mas admiro muito a vida da Madonna - já dá pra chamá-la de histórica? Sem medo de inovar e de ir adiante.
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Quem é a mulher que você mais admira?
Minha mãe, que sempre me inspirou a crescer por mim mesma e me colocar a frente da minha vida.
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Qual é a grande paixão da sua vida?
Não posso dizer só uma: minha profissão, meu marido e ser livre.
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Qual a sua ocupação atualmente?
Professora do curso de Comunicação Social - Publicidade na UFC!
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Há quanto tempo você trabalha na área criativa?
Desde que cheguei na área, há 10 anos.
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Você sempre teve interesse por essa área?
Sim. Desde pequena, tento fazer com que eu faço/penso/executo tenha algo de diferente, de interessante. Não gosto de fazer as coisas igual a todo mundo. Quando chegou a hora de escolher uma profissão, não deu outra: publicidade.
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Você acha que o seu trabalho traz alguma contribuição no sentido de representatividade/empoderamento feminino?
O trabalho atual mais do que todos. Quando saí do mercado e das agências, decidi que queria lutar do lado de cá, da formação, para mudar nem que fosse um pouquinho a cabeça dos futuros profissionais. Minha meta é discutir e trocar ideias em sala de aula sobre o que podemos mudar no nosso mercado e como colocar essas ideias em prática, e isso vai desde o empoderamento feminino e representatividade até o relacionamento com o cliente.
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Você nota que existe, ou já existiu, alguma diferença no tratamento do seu trabalho pelo fato de você ser mulher?
SIM! Exemplificando, para ser objetiva: ser chamada pelo próprio chefe de "menina da mídia" na frente do cliente, ter a fala interrompida por um homem em reuniões (o cliente ou o próprio chefe), ver o cliente se recusar a resolver algo com você (quer resolver apenas com seu chefe, homem), ver sua boa ideia ser repassada para outra pessoa "finalizar", ouvir dos homens da agência que "mulher tem que ter filho, homem pode esperar", ser considerada incapaz simplesmente pelo fato de ser mulher (inclusive pela única chefe mulher que tive).
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Qual a sua citação favorita?
"It's leviôsa, not leviosá". (Hermione Granger no livro Harry Potter e a Pedra Filosofal).